O Conhecimento de si e do mundo
Un novo livro sobre os fundamentos do conhecimento de uma psicologia compreensiva, dialética e existencial.
Um livro de 300 pág. sobre métodos e técnica que expõem como se pesquisa e como se facilita
o processo de mudanças graças a estes dois instrumentos.
A proposta deste livro é fornecer os conceitos indispensáveis sobre métodos e técnicas usadas na abordagem da psicologia compreensiva, humanista e existencial Com este intuito seguimos os passos adequados para facilitar a ordem dos conceitos desde os mais abrangentes aos mais específicos. Esta exposição do mais abrangente é bastante sumária, mas permite a captação dos conceitos e suas relações. Desta maneira começamos expondo a já clássica distinção existente entre ciências da natureza e ciências humanas, cujos objetos são notoriamente diferentes, embora não excluentes.
- Basta pensar num fenômeno físico –como a temperatura ou a eletricidade – e um fenômeno biológico como a circulação sanguínea ou a homeostase e logo observar o comportamento de uma pessoa em procura de emprego ou sua reação perante uma má notícia. Certamente as ciências humanas estão em íntima conexão com o biológico e o físico, mas apresentam características únicas e peculiares, diferentes dos objetos físicos e biológicos. Por esta razão a escola deDilthey, no fim do século XIX, propôs a tese de que as ciências naturais explicam e as ciências humanas compreendem os fenômenos próprios de sua esfera.
- Esta diferença não supõe que em ciências humanas fiquem excluídas as explicações em determinados setores ou campos; tampouco as explicações dos fatos e eventos excluem a compreensão. Ambos enfoques podem ser complementários. Contudo, há uma prioridade da compreensão sobre a explicação, pois antes de tentar nexos causais ou fatores condicionantes de um determinado evento ou fato o pesquisador, e o bom senso, precisam de uma certa compreensão do que pretende explicar; em outras palavras, a compreensão é uma característica inerente à existência: o homem está aí no mundo, aberto a suas possibilidades, co-apreendendo-se numa determinada situação com outros entes.
- Uma vez esclarecidas estas duas categorias epistemológicas damos um segundo passo. Expomos as características próprias dos métodos e das técnicas. Os métodos nos oferecem as vias corretas do conhecimento certo em concordância com uma teoria; as técnicas nos permitem as aplicações corretas para obter resultados desejáveis em acordo com os métodos e a teoria. As questões de métodos são complicadas; basta ler os livros de Edgard Morin para perceber a complexidade deste assunto. Nós apenas oferecemos uma orientação básica neste capítulo do saber. Examinamos alguns métodos considerados como próprios das ciências humanas e dos enfoques compreensivos, mas nos centralizamos em sua aplicação na área da psicoterapia e, secundariamente, na esfera do social ao concoderar a hermenêutica.
- Comentamos alguns métodos, a saber: a fenomenologia, a dialéctica, a maiêutica socrática e dois enfoques hermenêuticos: o de Hans Gadamer e de John Thompson. Inclusive propomos como métodos específicos as cinco modalidades claramente discerníveis de compreensão. Cada um destes métodos está acompanhado de exemplos de análises.
- E já estamos no terceiro patamar. Entramos na exposição das técnicas que facilitam o trabalho psicoterapêutico, ora encurtando a duração do tratamento, ora expandindo a consciência de si e reintegrando a experiência, ora estimulando a criatividade graças a um melhor trânsito pelos labirintos do imaginário. Alguns colegas humanistas desconfiam de procedimentos técnicos em psicoterapia; acreditam que desvirtuam o mais próprio deste tipo de relação. Parecem ignorar que qualquer procedimento padronizado es já un a técnica. Até o inocente divã da psicanálise é uma técnica. O reflexo rogeriano tão usado por nossos colegas está também nesta categoria.
Na segunda parte estás expostas as técnicas mais usadas por nós, sendo algumas de nossa própria autoria. Para todas elas oferecemos sua fundamentação e os objetivos visados.