Max Nolden: Algumas questões de Psicologia Social
Os poderes invisíveis operam à luz do dia
Os poderes menos visíveis são vários e diversos. São poderes mais sigilosos, que preferem agir entre os bastidores, pois usam recursos e truques mal vistos, não compatíveis com a ordem moral propiciada pelo sistema social dominante. Isto não significa que os poderes oficiais, já institucionalizados e santificados, não apelem para certas maladrangens apenas dissimuladas por uma fachada de respeitabilidade.
Hoje fala-se em todos os cantos dos poderes invisíveis, esses que manejam a trama do sistema social sem que o homem comum tenha a mínima consciência de como esses poderes tecem e destecem a trama segundo sejam seus interesses materiais. Alguns poderes não são nada invisível. É o caso dos poderes do Estado. Deputados e senadores fazem as leis; o poder desta gente é bem conhecido e geralmente detestado pela massa da população –não apenas entre nós, gente do terceiro mundo. O poder judicial aplica as leis segundo seja sua interpretação dos textos jurídicos e segundo seja quem receba o ditame da lei. O poder executivo está em mãos de um presidente e de seus ministros, que administram o poder em conexão com os dois poderes mencionados –conexão oscilante, feita de conflitos, técticas de todo tipo e de breves entendimentos.
Logo estão os outros poderes, também em conexão com os três indicados. É o poder dos empresários, dos donos do poder econômico. Esses não têm reservas para mostrar como se exerce o mando e como se impõe em toda sua majestade possível. Gozam do prestígio que lhes outorga o controle do mercado e usam o dinheiro como elemento de persuação e disuação segundo seja o caso. Em termos gerais, amparam-se na lei, o que confirma sua forma de operar, mas a lei é ditada e manipulada, em medida apreciável, por eles, Fala-se hoje que as grandes empresas são verdadeiros Estados multinacionais, agindo a nível mundial e impondo seus interesses às nações onde se instalam. Disfarçam em parte sua influência detrás de uma fachada de suposta respeitabilidade e bons ofícios.
Os poderes menos visíveis são vários e diversos. Existem poderes mais sigilosos, que preferem agir entre os bastidores, pois usam recursos e truques mal vistos, não compatíveis com a ordem moral propiciada pelo sistema social dominante. Isto não significa que os poderes oficiais, já institucionalizados e santificados, não apelem para certas malandragens apenas dissimuladas por uma fachada de respeitabilidade.
As máfias operam em todos os planos da realidade social. Apenas recebem nomes mais inocentes: são as corporações, os partidos políticos, os grupos de pressão (ou lobbies), as associações gremiais, as panelinhas. Todos estas agrupações de interesses tentam impor seu poder nas áreas que desejam dominar. É preciso se agrupar e organizar para governar.
Quanto mais poderosos são estes grupos mais terríveis se mostram em seus procedimentos
para incrementar suas zonas de influência e de controle. As associações de caminhoneiros dominam as estradas. O lobby das Escolas e Faculdades privadas pressiona e faz acordos com os parlamentários, com lucros para ambas partes. Controlam a educação e ditam os rumos do que deve ser priorizado e valorado no plano do ensino.
Resultado: as escolas públicas ficam de lado. Até os criminosos e traficantes se organizam para incrementar seus negócios e impor sua lei implacável.
Preciso lembrar o que acontece nas grandes cidades, cujos setores pobres estão dominados por delinqüentes da pior espécie?
Organizar para combater as máfias, os lobbies, sem transformar-se em outra máfia? O triste é que os indivíduos sem grupos pagam as piores conseqüências.
Categorias sociais que nos provocam repúdio
E os assalariados?. Uma pequena parcela deles consegue melhorar sua situação. A imensa maioria se limita a tocar o pandeiro, entre o cansaço de uma vida sem horizontes e uma vaga revolta.
Existem certas categorias sociais que nos inspiram uma espécie de repúdio imediato. Fariseu, negreiro, escravista,. mercenário, pária, marginal, delinqüente, traficante, mafioso, mendicante e, nos últimos decênios, vendedor de carros usados, animadores de programas de TV, político –só para citar os primeiros que se penduram na corda. No Brasil, vale recordar que a categoria política caiu em desprestígio estes últimos 15 anos. Antes gozavam de uma certa respeitabilidade, pois apareciam como os opositores da ditadura, mas rapidamente começaram a mostrar o lado nada patriótico de suas motivações. A partir do governo Collor a cidadania não cloroformada pela alienação coletiva, viu muito bem que a democracia estimulava as formas mais aviltante da corrupção.
Algo similar nos acontece quando ouvimos a palavra burguês –cultura burguesa, ideologia, atitudes, pretensões burguesas. Sob a influência das idéias socialistas, inimigos declarados da burguesia enquanto classe social, terminamos por acreditar que se trata de gente que só pensa em lucros e em como exprimir a última gota de sangue dos pobres assalariados. Não há dúvidas que existe gente assim, sobretudo na alta burguesia dos banqueiros, mas erramos se pensamos que eles são os porta-estandartes do mal, exploradores impiedosos e agentes da injustiça. Em todos os grupos humanos a qualidade das pessoas está muito diversificada: existem os bons e os ruins em grau diverso (e este não é apenas um lugar comum). Claro, quando predominam os ruins tendemos a repudiar o grupo inteiro, esquecendo a minoria apreciável. Por ser a burguesia o grupo de maior poder político e econômico são alvo das críticas mais acerbas, e com sobradas razões. No esqueçamos que no ano 2009 esta classe esteve a ponto de quebrar o sistema capitalista, sendo salvo o sistema graças à intervenção do Estado, isto é, pelo dinheiro de todos os contribuintes, desde os mais pobres até os outros ricaços.
Na sua origem o burguês é o cidadão, o indivíduo que vive no burgo, na cidade. Esta palavra começa a usar-se a partir de século 15, designando o cidadão em contraste com o camponês e o aristocrata. Depois de três séculos em progressiva expansão, a burguesia constituída por comerciantes, empresários, industriais e profissionais liberais, habitantes das cidades, se tornou a classe dominante, derrotando à nobreza na famosa Revolução Francesa (em torno de 1800)
Depois do fim dos regimes socialistas até os mais encarniçados antagonistas do chamado burguês perceberam que eles mesmos não eram muito diferentes de seus opositores -se é que já não eram membros dessa classe. Depois do fim dos regimes soviéticos (no leste europeu) fico ao descoberto que aqueles camaradas gozavam de uma série de privilégios burgueses, chegando a usar todos os emblemas que diziam detestar nessa classe: belas mansões, roupa de grife, servidão. O que aconteceria com os militantes socialistas em nosso país uma vez que cheguem ao governo? É muito provável que esqueçam o ideário socialista.
E os assalariados? Bom, eles não são apenas vítimas nem inteiramente desamparados do bom deus. Não há dúvidas que são explorados e que seus sonhos de passar para a classe média, aspiração muito legítima, geralmente fica nos limbos do desejo. Uma pequena parcela deles consegue melhorar sua situação. A imensa maioria se limita a tocar o pandeiro, entre o cansaço de uma vida sem horizontes e uma vaga revolta. Esta maioria termina por aceitar o antigo recursos dos donos do poder para manter a situação: pão e circo - sobretudo, muito circo e uma dose de cachaça e cerveja no fim de semana.
Não seja apenas um consume-dor ingênuo
Não esqueça uma verdade elementar do mercado: o vendedor está sempre exaltado o suposto valor da mercadoria e ocultando seus aspectos negativos.
De alguma maneira todos somos consumi-dores no sistema social imperante. Os pobres consomem menos que os ricos; parece óbvio, mas ricos e pobres consomem as mesmas coisas, embora o ricos sejam um pouco mais refinados nalguns aspectos. Todos consomem imagens da propaganda, filmes ruins, programas de TV que são simples vomitivos, pregações piedosas, discursos políticos, imagens sexuais, e outras drogas similares.
Tudo o que se oferta no mercado é mercadoria: não esqueça este ponto.
Há um segundo aspecto ainda mais grave. Ao virar tudo mera mercancia outros valores ficam como algo secundário, de menor ou nula importância. Se o valor de um empreendimento, ação ou coisa está determinado pelo valor mercantil –de compra e venda- então um jogador de futebol ou um cantante de boleros é mais valioso que um cientista ou um escritor laureado com o Nobel. É o que verificamos a diário vendo o destaque que faz a mídia destas figuras humanas. Se você não está na vitrine de exibição e vendas não vale nada. É um ente anônimo, ou simples consumidor.
O problema decorre do fato que há um setor da população que vive em função do consumo, seja porque fomenta a aquisição de mercadorias seja porque as consume em excesso. Não faz bem a sua saúde mental encher-se a cabeça com tanta lixo bem empacotado. É muito tóxico boa parte do que oferece o mercado da propaganda e dos divertimentos baratos. Você termina comprando coisas supérfluas, engolindo mensagens de aparente boa vontade mas de um fundo ilusório, enganoso.
Procure consumir –comprar, ouvir e ver- depois de examinar o que lhe estão oferecendo. Não esqueça que o vendedor sempre está exaltando o suposto valor de sua mercadoria e ocultando seus aspectos fracos. É compreensível que ele opere desse modo, mas a você corresponde não deixar-se enganar.
Uma boa dose de desconfiança e de cautela é bastante indicado em assuntos do mercado. O notável é que em nosso tempo quase nada escapa à esfera mercantil. Até as coisas sagradas são comercializadas com os devidos disfarces para evitar críticas. O valor e o desvalor de uma coisa o determina a lei da oferta e a procura –a lei áureado sistema econômico dominante. Se o escritor PC vende por toneladas seus livros passa no mercado como um bom escritor e Drumond de Andrade é visto pouco menos como um palerma que escreve versos. O primeiro é assediado pela massa, ganha espaço à vontade na mídia; Drumond deverá contentar-se com as homenagens póstumas.
O problema é como neutralizar o assédio do mercado. Você recebe pelo menos um telefonema por dia para que aceite um cartão de crédito e corra à loja mais próxima para que realize uma de suas mini fantasias de idiota penhorado na máquina social. Compra um belo carro em 36 ou 40 prestações, sabendo que assim que termine de pagar esse lindo brinquedo que exibe hoje a loja será apenas um bagulho no final da última cota, valendo a metade de seu preço atual. Mas você cede à tentação dessa e otras compras, pois como diz sua namorada: a boa sorte e a prosperidade corre nas rodas de um belo carro.
A cultura do consumo massivo como espetáculo para bobos.
Causa uma mistura de espanto e tristeza observar as mil formas de tolices e de enganos que circulam pelas ruelas do mercado das ilusões. Faz um século que se fala emcultura de massas como uma característica do capitalismo a partir do século 20. Uma das característica desta cultura é que nalguns aspectos, só nalguns, tudo se nivela para a média, ou simplesmente para o seriado, para o feito em série, inclusive os humanos. Não é que tenha aumentado a igualdade social, nem que todos tenham acesso na mesma medida ao usufructo dos bens. As classes dirigentes continuam com seus privilégios, embora nalguns aspectos consuma os mesmos bens que a grande massa. Ao final, eles também são uns pobres mortais, não importa as ínfulas que exibam em seus gestos, mesmo impondo sua lei e as regras do jogo à grande massa também eles se comportam como homem-massa em quase todos os aspectos, não apenas no trono.
O supremo princípio do sistema que comanda a economia mundial, do PCC (primeiro comando do capital) é que tudo é mercadoria ou susceptível de virar mercadoria, isto é, algo factível de ser negociado e render lucros. Esta é a razão suprema que permite entender porque nos tornamos mera massa produtora e consumidora, regulada pela lei áurea do PCC.
Nas ruelas do mercado tudo vira mercadoria de consumo rápido e descartável. Tudo perde vigência no mínimo de tempo. Basta ver como opera as informações transmitidas pela mídia. A guerra do Irak, que já liquidou em torno de 90 mil coitados, nos últimos anos, com uma média de 50 mortos-dia. A quem lhe chama a atenção este fato tenebroso? O locutor que transmite as notícias informa esta carnificina diária em 3 minutos e em seguida passa para o casamento maravilhoso de uma artista do Grande Circo. O velho lema romano se impõe como norma certa: pão e circo. Pode faltar o pão, mas não pode faltar o circo. Em nosso tempo nada perdura, salvo as injustiças sociais, os conflitos não resolvidos.
Com o auge dos meios de comunicação visual -em especial a TV- as coisas se tornaram ainda piores. Com algumas exceções honrosas, os programas são montados como passatempos baratos e como escândalos entre cruéis e absurdos. O 80% segue este esquema. O 10% são noticias selecionadas de acordo com as pautas mais convenientes da política contingente. O outro 10% tem alguns elementos educacionais, além de comentários críticos.
Ver alguns programas em canais nacionais ao vivo é assistir a uma escola para gente considerada, ao parecer, no limite da indigência mental. O lema é simples: é preciso emocionar e divertir à massa. Um primeiro momento de emoção forte com uma notícia tremenda e logo o casamento de lady Diana e suas semelhantes. Na tele-série devem estar os ruins, que inspiram ódio, e os casais amorosos que provocam ternura e alguma expectação porque ainda não conseguem superar alguns obstáculos.
É uma fórmula elementar. De resultados seguros e previsíveis.
O pior é que os responsáveis da mídia –geralmente grandes empresários- afirmam que é esse tipo de espetáculo é desejado pela massa amorfa; é um pobre argumento para justificar três coisas;
Primeiro, a falta de criatividade e de compromisso com o aprimoramento da mentalidade coletiva;
Segundo, tudo indica que os donos da mídia têm o intuito de manter o controle social, alienando à massa dos terríveis problemas que a condenam a levar uma vida sem destino. Terceiro, estão muitos cientes de que a melhor maneira de manter seu controle é aplicar uma fórmula muito simples: oferecer emoções baratas, muita palhaçada em forma de shows, muito sexo para todos os gostos, versões simplificadas das coisas importantes. Para conseguir este objetivo primeiro inventam uma figura fetiche: uma pessoas muito atrativa -mulher ou homem- um artista, um cantor. Essa figura anima o espetáculo. Não importa o que faça no cenário sempre sera celebrado pelo espectador..
Fico pensando nos jornalistas, todos eles com cursos universitários, preparados para o respeitável ofício de contribuir na formação cultural e intelectual de seu povo e logo se deparam com o fato que a empresa impõe a linha a seguir, tudo sem maior discussão. Em que ficará o ideal desses jovens depois de constatar que a única alternativa é aceitar os esquemas de gente que precisamente não são jornalistas? Os que ditam as regras são administradores, economistas, empresários. Mas o mais lamentável é que não se aproveita o poder extraordinário da TV como instrumento de educação e de conscientização de um povo.
As elites e as massas
Nos países com maioria de pobres, como é o nosso (com mais do 50% nesta categoria) e na imensa maioria das nações, um alto porcentagem de deputados são de origem proletária ou média, mas uma vez que chegam ao legislativo ficam a disposição do empresariado, os quais proporcionam excelentes comisões por seus bons servíços.
Nas sociedades complexas como a nossa, tendem a polarizar-se dois grupos bem caracterizados: uma minoria reduzida, constituídas pelas elites, e uma imensa maioria formada pela massa da população. De maneira oficial as elites controlam todas as formas do poder, começando pelo poder econômico, terminando pelo poder que outorga a religião e passando também pelo poder político, militar e policial. Inclusive controlam o poder dos intelectuais, grupo hoje bastante restrito, quase em extinção –pois estão sendo substituídos pelos jornalistas, que são operários ao serviço da mídia e seus donos –salvo as dignas exceções.
As massas estão formadas pelos trabalhadores dos diversos setores. Tendem a confirmar aos lideres seja por sua conduta de submissão, seja por eleições populares manipuladas pelas elites. É o chamado jogo das domocracias – fazer acreditar à massa que escolhem a seus líderes. Triste engano, mas assim são as coisas. De todos modos, esta não é uma divisão de castas, rígida, hereditária, como acontecia com a aristocracia e a realeza até a Revolução Russa (1917) inclusive. Uma pequena quantidade das elites origina-se entre os indivíduos da massa, como acontece com os líderes sindicais que terminam, em casos excepcionais, como deputados e até como presidentes da República, embora este tipo de conquistas seja bastante recente (depois de 1950).
Nos países com maioria de pobres (PMP), como é o nosso (com mais do 50% nesta categoria) e na imensa maioria das nações, uma boa porcentagem de deputados são de origem proletária ou média, mas uma vez que chegam ao legislativo ficam a disposição do empresariado, os quais proporcionam excelentes comisões por seus bons servíços (8). Os votantes apenas dão seu voto, os empresários dão dinheiro para a propaganda e para a futura riqueza do horável parlamentário. Assim são as coisas neste plano. Assim funciona essa dama fingida chamada Democracia.
O notável desta divisão é que a massa também tem poder, muito mais do que seus membros poderiam imaginar, mas são ignorantes de seu potencial, ignorância em parte habilmente fomentada pelas elites, que temem uma insurreição ou contestação de seu poder exclusivo, o que implicaria na perda de seus privilégios. Só em casos extremos a massa mais humilhada e menosprezada termina por sublevar-se, como aconteceu estes dias durante o levantamento das minorias estrangeiras na Franca. (9), como está acontecendo com a população indígena de América do Sul (Bolívia, Equador, Venezuela, Perú), onde um líder identificado com essa massa decide enfrentar aos poderes tradicionais. Ou como acontece nos períodos revolucionários de todas as épocas.
Alguns escritores com ares de senhores, como foi o caso de Nietzsche e de Ortega-Gasset mostram um aberto desprezo pelas massas, como se eles não formassem parte deste conglomerado humano devido à excelência de seus talentos. As massas, entendidas como um conglomerado de indivíduos manipuláveis, que agem como um rebanho passivo, embora às vezes tenham estouros de fúria (como acontece hoje entre os fans de clubes futebolísticos rivais), não são precisamente admiráveis. Em parte esses aristocráticos estão errados. Também os homens seletos compartilham algumas atitudes e a sorte das massas. De diversas maneiras são manipulados pelos poderes dominantes, mesmo estando a seu serviço como funcionários palacianos. Basta observar um cidadão de classe média folgada é provável que manifeste um notório desprezo pelas massas, entendendo por tal a classe trabalhadora mais explorada. Ignora que ele também é trabalhador, explorado talvez em menor medida e com propostas de vida nada seletas -grita como um enérgumeno numa partida de futebol, bebe cerveja num boteco de melhor aparência, eructando papo furado aos quatro ventos.
Para não ser um indivíduo-massa é preciso, primeiro, entender como funciona o sistema social, saber quais são seus truques e armadilhas e saber como liberar-se de seus apelos e imposições com um comportamento crítico. Segundo, admitir que nalgum grau entramos na categoria massa nas mais diversas situações, não importa quão seleto seja você. Não é tarefa fácil.
Os Textos estão tomados do livro de Max Nolden: “Aparências e disfarces da Realidade –Para uma psicologia da suspeita” Della Bidia Editora, 2010